Interpretação de texto - 7 Ano - 3

1. Leia o trecho inicial do texto Afinal, qual é a da gíria? para responder às questões.

Afinal, qual é a da gíria?
por Cássio Schubsky
Quase todo dia você esbarra em gírias novas. Elas se propagam com uma velocidade incrível. Eletrizam tudo o que é conversa. E todos ficam ligados nesse novo jeito de falar. Palavras cansadas, jogadas para escanteio, ressurgem como um furacão. Os Mamonas Assassinas estão aí para comprovar. Mesmo destruindo as mais elementares regras da língua portuguesa, com letras que beiram o mau gosto, eles arrebentam a boca do balão com o seu festival de “mina”, “galera” e “chuchuzinho”. Não satisfeitos, dão uma rasteira no inglês, traduzindo trabalhar por “workár”; e “arrombam” o coração da moçada. Como se fosse a maior festa da Jovem Guarda, mora?
Verbos antigos aparecem disfarçados no cardápio das gírias “da hora”: viajar é “viajar na maionese”; delirar vira “delirar na goiabada” e pirar se torna “pirar na batatinha”. Até “chutar o pau da barraca” não é mais o mesmo. Sim, o bispo Sérgio von Helde, da Igreja do Reino de Deus, meteu o pé na estátua de Nossa Senhora Aparecida e criou outra expressão. O pontapé aconteceu em 12 de outubro do ano passado e foi transmitido pela televisão para todo o país. Bastou para acertar em cheio a vontade popular de reciclar, sempre, aquele vocabulário que tudo diz sem gastar muita saliva – a gíria. E agora, em vez de dizer “chutar o pau da barraca”, diz-se apenas “chutar a santa”. Significado: “mandar tudo às favas”.
Talvez você já tenha escutado alguém usar, no papo, o termo “almôndega”. Talvez não tenha ouvido palavra mais gorda na vida. Saiba então que “almôndega” emplacou há cerca de dois anos, nas danceterias de São Paulo, para descrever a moçada que se apertava nas pistas para dançar. Pois hoje a gíria sumiu, ninguém mais sabe, nem mais viu. Mas como é que essas expressões surgem, se espalham, viram linguagem comum, somem e ressurgem das cinzas? Para saber qual é o babado, vire a página.
Disponível em: <http://super.abril.com.br/cultura/afinal-qual-giria-436436.shtml>.
Acesso em: 14 abr. 2013.
O texto lido se trata de
(        ) um texto de divulgação científica.            
(        ) uma crônica.           
X   ) uma reportagem.

b) Qual o autor do texto?
Cássio Schubsky

c) Assinale as proposições corretas.
(         )  O autor expressa opiniões pessoais sobre o assunto tratado.
(   X   )  O autor apresenta informações variadas que exploram diversos aspectos do assunto tratado.
(         )  O autor expõe sua opinião sobre o assunto e apresenta argumentos que a justifiquem.
(   X   )  O uso de várias gírias no texto justifica-se devido ao seu tema: gírias.
(         )  O uso de gírias e de linguagem figurada tem como intenção questionar a validade do gênero, tido como ultrapassado.
(   X   )  O uso de gírias pelo autor do texto foi intencional e mostra-se adequado quando consideramos o público-alvo: o leitor jovem. Assim, valorizou aspectos culturais e linguísticos característico desse grupo social.
(   X   )  Logo no início do texto, o autor procura estabelecer um diálogo com o leitor, chamando-o por você.

d) Embora duas das principais características desse gênero sejam o uso de língua padrão e linguagem objetiva, o autor empregou diversas vezes em seus texto gírias e linguagem figurada.
Transcreva, do 1º parágrafo, três exemplos de gírias.
Ficam ligados, jogadas para escanteio, arrebentam a boca do balão, “mina”, “galera”, “chuchuzinho”, por exemplo.

e) Abaixo foram transcritos alguns trechos do texto. Analise-os e assinale C para linguagem conotativa e D para linguagem denotativa.

(   C   )  [...] você esbarra em gírias novas.
(   C   )  Eletrizam tudo o que é conversa.
(   C   )  Palavras cansadas, jogadas para escanteio, ressurgem como um furacão.
(   D   )  O pontapé aconteceu em 12 de outubro do ano passado e foi transmitido pela televisão para todo o país.

f) Grife os advérbios ou as locuções adverbiais presentes no trecho:

Saiba então que “almôndega” emplacou há cerca de dois anos, nas danceterias de São Paulo, para descrever a moçada que se apertava nas pistas para dançar.

Que circunstâncias são expressas por esses advérbios, ou por essas locuções adverbiais?
“há cerca de dois anos” – tempo; “nas danceterias de São Paulo” – lugar; “nas pistas” – lugar.

2. Leia mais um trecho do texto.

Linguagem cifrada de grupos restritos

Explicar a palavra gíria já é a maior “mão de obra”. Ela é sinônimo de geringonça, que se origina do espanhol jerigonza, ou ainda, jerga. Etimologistas acreditam que, por onomatopeia, jerga tenha nascido do verbo latino garrire, ou seja, tagarelar. Mas Deonísio da Silva, professor de Literatura Brasileira da Universidade de São Carlos, lembra outra hipótese: a origem remota estaria no vocábulo grego hierós, que define o que é sagrado, oculto. E destaca sua característica de linguagem cifrada, compreendida apenas pelos que pertencem à mesma tribo.
Pois toda gíria que se preze vem direto de grupos restritos – dos presos, malandros, surfistas, estudantes e assim por diante. [...]

Assinale a frase cujo verbo destacado indica possibilidade.

(         )  Etimologistas acreditam que jerga tenha nascido do verbo latino garrire.
(   X   )  A origem remota estaria no vocábulo grego hierós.
(         )  Toda gíria vem direto de grupos restritos.

3.  O próximo trecho do texto foi transcrito a seguir. Porém, foram omitidos alguns verbos. Complete as lacunas, conjugando o verbo entre parênteses no tempo indicado.

O idioma renovado com malícia

No país do “seu” doutor, do bacharel, a gíria, tadinha, carrega a pecha de ser a própria encarnação da baixaria. Filha bastarda da língua, irmã gêmea do palavrão, a desgraçada já ______foi______ tachada de tudo o que é nome feio. (ser – pretérito perfeito)
Não é para menos. “A linguagem ______é______ um organismo social tradicional. E boa parte da gíria promove a modificação do significado das palavras”, esclarece Dino Preti, professor titular aposentado de Linguística da Universidade de São Paulo e especialista em gíria. (ser – presente do indicativo) 
[...]
O importante é não dar uma de gostoso e acreditar no preconceito de que gíria ______seja______ falta de instrução. (ser – presente do subjuntivo) 
“Nós não devemos passar a ideia de que a gíria é uma linguagem pobre, empobrecedora. Ela tem um papel de renovação da língua”, ______diz______ à SUPER Carlos Eduardo Uchôa, professor titular de Linguística da Universidade Federal Fluminense. Palavra de papa da palavra. [...] (dizer – presente do indicativo) 

Qual a ideia central desse trecho?
A linguagem é um organismo social tradicional. E boa parte da gíria promove a modificação do significado das palavras.


4.  O trecho seguinte foi transcrito com alterações na acentuação gráfica de 5 (cinco) palavras: acentos foram acrescentados ou retirados indevidamente.

Interpretando o passado
Entra novela, saí novela e os ciganos continuam dando o ar da sua graça. Ao mergulhar nessa história de gíria, a SUPER deu de encontro com o passado brasileiro. Pasme! A gíria começou a chegar ao pais ainda no século XVI, período da colonização. E veio de um jeito muito doído. Banidos de Portugal, só por terem costumes próprios, os ciganos eram condenados a vagar pelos mares, sem destino, anos a fio. Presos nas galés, ou galeras, ali conviviam com vagabundos, bandidos e toda espécie de rale que os portugueses mandaram então embora do seu território.
O contato forçado entre bandidos e ciganos – ou calós, como estavam habituados a se chamar na própria língua –, provocou muita confusão, como é de se imaginar. E muita malandragem: unidos na condenação, errantes e malfeitores viviam de trocar idéia oceano afora. Desse congraçamento, nasceu um vocabulário especial, secreto, o calão. Tem gente que entende ser o calão o mesmo que gíria. Outros destacam o sentido atual, aquele da linguagem que se caracteriza pelo uso do palavrão – por isso, a expressão “de baixo calão”. Certo mesmo é que, depois de muito enjoo, sardinha e tubarão, essa tripulação apocalíptica desembarcou, muitas vezes, em solo tupiniquim. Trazia na bagagem magra apenas um vocabulário rico. As embarcações-prisões lusitanas abandonaram em nossas praias os ciganos e os bandidos – e a gíria. [...]

Transcreva as palavras, corrigindo os problemas de acentuação gráfica.
Sai, país, doido, ralé, ideia.

Complete a afirmação abaixo com há ou a. Justifique sua opção.
Segundo o texto, as gírias começaram a chegar ao Brasil __________ 500 anos.
Há, pois se trata de tempo decorrido.

Explique, com suas palavras, o sentido desta frase.
Trazia na bagagem magra apenas um vocabulário rico.
A tripulação é marcada pela pobreza, pela falta de bens; porém sua linguagem é caracterizada pela renovação e incorporação de novas palavras.


Esse trecho pode ser considerado


(      ) expositivo.                   (  ) narrativo.





1.     Leia um fragmento da peça teatral O auto da compadecida e responda às questões.




Personagens: Palhaço, João Grilo, Chicó, Padre João, Antônio Moraes,             sacristão, padeiro, mulher do padeiro, Bispo, Frade, Severino de Aracaju, cangaceiro, Demônio, encourado, Manuel (Jesus Cristo), Compadecida (Nossa Senhora).


PALHAÇO, entrando: Peço desculpas ao distinto público que teve de assistir a essa pequena carnificina, mas ela era necessária ao desenrolar da história. Agora a cena vai mudar um pouco. João, levante-se e ajude a mudar o cenário. Chicó! Chame os outros.
CHICÓ: Os defuntos também?
PALHAÇO: Também.
CHICÓ: Senhor Bispo, Senhor Padre, Senhor Padeiro! Aparecem todos.
PALHAÇO: É preciso mudar o cenário, para a cena do julgamento de vocês. Tragam o trono de Nosso Senhor! Agora a igreja vai servir de entrada para o céu e para o purgatório. O distinto público não se espante ao ver, nas cenas seguintes, dois demônios vestidos de vaqueiro, pois isso decorre de uma crença comum no sertão do Nordeste.

É claro que essas falas serão cortadas ou adaptadas pelo encenador, de acordo com a montagem que se fizer.

PALHAÇO: Agora os mortos. Quem estava morto?
BISPO: Eu.
PALHAÇO: Deite-se ali.
PADRE: Eu também.
PALHAÇO: Deite-se junto dele. Quem mais?
JOÃO GRILO: Eu, o padeiro, a mulher, o sacristão, Severino e o cabra.
PALHAÇO: Deitem-se todos e morram.
JOÃO GRILO: Um momento.
PALHAÇO: Homem, morra, que o espetáculo precisa continuar!
JOÃO GRILO: Espere, quer mandar no meu morredor?
PALHAÇO?: O que é que você quer?
JOÃO GRILO: Já que tenho de ficar aqui morto, quero pelo menos ficar longe do sacristão.
PALHAÇO: Pois fique. Deite-se ali. E você, Chicó?
CHICÓ: Eu escapei. Estava na igreja, rezando pela alma de João Grilo.
PALHAÇO: Que bem precisada anda disso. Saia e vá rezar lá fora. Muito bem, com toda essa gente morta, o espetáculo continua e terão oportunidade de assistir seu julgamento. Espero que todos os presentes aproveitem os ensinamentos desta peça e reformem suas vidas, se bem que eu tenha certeza de que todos os que estão aqui são uns verdadeiros santos, praticantes da virtude, do amor a Deus e ao próximo, sem maldade, sem mesquinhez, incapazes de julgar e de falar mal dos outros, generosos, sem avareza, ótimos patrões, excelentes empregados, sóbrios, castos e pacientes. E basta, se bem que seja pouco.
Música. Música de circo. O Palhaço sai dançando. Se se montar a peça em três atos ou houver mudança de cenário, começará aqui a cena do julgamento, com o pano abrindo e os mortos despertando.
JOÃO GRILO, para o Cangaceiro: Mas me diga uma coisa, havia necessidade de você me matar?
CANGACEIRO: E você me matou?
JOÃO GRILO: Pois é por isso mesmo que eu reclamei. Você já estava desgraçado, podia ter-me deixado em paz.
SEVERINO: Eu, por mim, agora que já morri, estou achando até bom. Pelo menos estou descansando daquelas correrias. Quem deve estar achando ruim é o bispo.
BISPO: Eu? Por quê? Estou até me dando bem!
JOÃO GRILO: É, estão todos muito calmos porque ainda não repararam naquele freguês que está ali, na sombra, esperando que nós acordemos.
PADRE: Quem é? 
JOÃO GRILO: Você ainda pergunta? Desde que cheguei que comecei a sentir um cheiro ruim danado. Essa peste deve ser um diabo.
DEMÔNIO, saindo da sombra, severo: Calem-se todos. Chegou a hora da verdade.
SEVERINO: Da verdade?
BISPO: Da verdade?
PADRE: Da verdade?
DEMÔNIO: Da verdade, sim.
JOÃO GRILO: Então já sei que estou desgraçado, porque comigo era na mentira.
DEMÔNIO: Vocês agora vão pagar tudo o que fizeram.
PADRE: Mas o que foi que eu...
DEMÔNIO: Silêncio! Chegou a hora do silêncio para vocês e do comando para mim. E calem-se todos. Vem chegando agora quem pode mais do que eu e do que vocês. Deitem-se! Deitem-se! Ouçam o que estou dizendo, senão será pior!

Desde que ele começou a falar, soam ritmadamente duas pancadas, fortes e secas, de tambor e uma de prato, com uma pausa mais ou menos longa entre elas, ruído que deve-se repetir até a aparição do Encourado. Este é o diabo, que, segundo uma crença do ser tão do Nordeste, é um homem muito moreno, que se veste como um vaqueiro. Esta cena deve se revestir de um caráter meio grotesco, pois a ordem que o Demônio dá, mandando que os personagens se deitem, já insinua o fato de que o maior desejo do diabo é imitar Deus, resultado de seu orgulho grotesco. E tanto é assim, que ele tenta conseguir aí pela intimidação o tributo que Jesus terá depois, espontaneamente, quando de sua entrada. O Bispo é o único a esboçar um movimento de obediência, mas, antes que ele se deite, o Encourado entra, dando pancadas de rebenque na perna e ajustando suas luvas de couro. Os mortos começam a tremer exageradamente e o Demônio acorre para junto dele, servil e pressuroso.

DEMÔNIO: Desculpe, fiz tudo para que eles se deitassem, mas não houve jeito.
ENCOURADO, ríspido: Cale-se. Você nunca passará de um imbecil. Como se eu vivesse fazendo questão de ser recebido dessa ou daquela maneira!
DEMÔNIO: Peço-lhe desculpas, não foi isso que eu quis dizer.
[...]
As pancadas do sino continuam e toca uma música de aleluia. De repente, João ajoelha-se, como que levado por uma força irresistível e fica com os olhos fixos fora. Todos vão-se ajoelhando vagarosamente. O Encourado volta rapidamente as costas, para não ver o Cristo que vem entrando. É um preto retinto, com uma bondade simples e digna nos gestos e nos modos. A cena ganha uma intensa suavidade de iluminura. Todos estão de joelhos, com o rosto entre as mãos.

ENCOURADO, de costas, grande grito, com o braço ocultando os olhos: Quem é? É Manuel?
MANUEL: Sim, é Manuel, o Leão de Judá, o Filho de Davi. Levantem-se todos, pois vão ser julgados.
JOÃO GRILO: Apesar de ser um sertanejo pobre e amarelo, sinto perfeitamente que estou diante de uma grande figura. Não quero faltar com o respeito a uma pessoa tão importante, mas se não me engano aquele sujeito acaba de chamar o senhor de Manuel.
MANUEL: Isso mesmo, João. Esse é um dos meus nomes, mas você pode me chamar também de Jesus, de Senhor, de Deus... Ele gosta de me chamar de Manuel ou Emanuel, porque pensa que assim pode se persuadir de que sou somente homem. Mas você, se quiser, pode me chamar de Jesus.
JOÃO GRILO: Jesus?
MANUEL: Sim.
JOÃO GRILO: Mas, espere, o senhor que é Jesus?
MANUEL: Sou.
JOÃO GRILO: Aquele Jesus a quem chamavam Cristo?
MANUEL: A quem chamavam, não, que era Cristo. Sou, por quê?
[...]

Releia o trecho:

Espero que todos os presentes aproveitem os ensinamentos desta peça e reformem suas vidas, se bem que eu tenha certeza de que todos os que estão aqui são uns verdadeiros santos, praticantes da virtude, do amor a Deus e ao próximo, sem maldade, sem mesquinhez, incapazes de julgar e de falar mal dos outros, generosos, sem avareza, ótimos patrões, excelentes empregados, sóbrios, castos e pacientes. E basta, se bem que seja pouco.

a)     Com que intenção esse texto foi escrito?
Trata-se de um texto dramático e foi escrito com o objetivo de ser encenado.


b)     A quem se dirige o palhaço nessa fala?
Ao público que assiste à encenação.


c)     A fala de João Grilo, transcrita a seguir, é exemplo de linguagem

Apesar de ser um sertanejo pobre e amarelo, sinto perfeitamente que estou diante de uma grande figura. Não quero faltar com o respeito a uma pessoa tão importante, mas se não me engano aquele sujeito acaba de chamar o senhor de Manuel.

(         )  culta.
(         )  coloquial.
(   X   )  regional. 
(         )  técnica.
(         )  vulgar.


d)    As falas do demônio dirigidas ao encourado são exemplos de linguagem
(   X   )  formal.                     
(        )  informal.

e) Como se chamam os textos em itálico e qual a sua função?
São rubricas e têm a função de passar aos atores e à direção informações importantes para saberem como deve ser a cena, com descrição do ambiente, orientações quanto a gestos, tons de voz etc.

f)     A expressão se persuadir, na fala de Manuel, tem, no texto, o sentido de
(          )   decidir.
(   X    )   se convencer.
(          )   se enganar.
(          )   fingir.
(          )   se esquecer.

2.     São muitos os profissionais envolvidos na produção de uma montagem teatral. Indique que função desempenham os profissionais indicados a seguir.
a)     Cenógrafo
Monta o cenário, os objetos e os móveis que serão usados em cena, cuida das cores e da iluminação, caracteriza uma época ou um ambiente específico.

b)     Sonoplasta
Compõe e faz funcionar os ruídos e sons de um espetáculo teatral.


c)     Autor
É quem cria o texto da peça teatral.


d)     Diretor
Coordena todos os elementos envolvidos na encenação, escolhe o elenco e define o figurino, orienta os atores durante os ensaios.

3.     Leia o texto a seguir para responder às questões propostas.

Beleza a qualquer preço desencadeia sérios distúrbios psicológicos

       Presente principalmente nas adolescentes, que dão valor à aparência física, e aos padrões de beleza voltados ao ser magro, tem ocasionado um crescente aumento nas dietas alimentares.
       “… quando eu era criança era muito gorda, nariguda, feia… menina não tem que ser feia. Tem que ser sempre bonita, perfumada, vistosa… eu acho isso, e todo mundo acha. A sociedade cobra isso o tempo todo.” (Relato de uma paciente com bulimia nervosa durante uma sessão de psicoterapia)
       “Relatos como esse são comuns quando se trabalha com bulimia e anorexia nervosa”, diz a professora e psicóloga Maria Cristina Dotto, do Instituto de Neurociência e Comportamento de São Paulo.
       De acordo com ela, uma busca insaciável pela suposta beleza e perfeição está presente constantemente nas adolescentes. Explorar essa área é adentrar em tantas diferentes leituras e mesmo assim, nenhuma conclusiva. Seu levantamento com pacientes que sofrem desses distúrbios aponta que aproximadamente 90% são mulheres.
Uma das hipóteses sobre os fatores responsáveis pelo aumento da incidência de transtornos alimentares é influência cultural sobre imagem corporal. Percebe-se que o crescente valor dado à aparência física, submetido aos atuais padrões de beleza voltados ao ser magro, tem ocasionado um crescente aumento nas dietas alimentares, hoje, em condições epidêmicas, sendo raro encontrar uma mulher de dezoito anos que nunca tenha se submetido a uma delas.
Baseada em teóricos sobre o assunto, a professora diz que a valorização da beleza corporal feminina tem se desenvolvido pela história de que “a mulher magra passa a ser vista como mais harmoniosa e sensualmente mais atrativa, representando ideal de saúde, de rendimento e de êxito”.
       Apesar dessa inicial análise, que pode ser atraente para uma visão centrada na determinação ambiental do comportamento, outras possibilidades são exploradas no estudo da etiologia desses problemas comportamentais.
Disponível em: <http://itodas.uol.com.br/bem-estar/beleza-a-qualquer-preco-desencadeia-serios-disturbios-psicologicos/>. Acesso em: 25 mar 2013.
a)     Qual o tema abordado no texto?
O aumento de casos de dieta alimentar em razão da valorização do ser magro como padrão de beleza, especialmente por adolescentes.


b)     Com que intenção são usadas aspas no terceiro parágrafo?
O uso das aspas marca a citação direta da fala de um especialista, o que dá credibilidade ao que se afirma no texto.


c)     Transcreva do texto um trecho em que se perceba uma opinião.



Sugestão de resposta – “Menina não tem que ser feia. Tem que ser sempre bonita, perfumada, vistosa… eu acho isso, e todo mundo acha. A sociedade cobra isso o tempo todo.