Interpretação de texto - 9 Ano

1. Leia atentamente os textos a seguir.

Texto 1
Cientistas regeneram cartilagem com células-tronco
Pesquisadores espanhóis desenvolvem tratamento da artrite degenerativa, ou osteoartrite, a partir de células-tronco retiradas do joelho do paciente

Pesquisadores das universidades espanholas de Granada e Jaén demonstraram pela primeira vez que as células-tronco retiradas do joelho de pacientes com osteoartrite são capazes de regenerar a cartilagem danificada. A pesquisa foi publicada na edição online de novembro do periódico Osteoarthritis and Cartilage, e será publicada na versão impressa de janeiro.

A osteoartrite — ou artrite degenerativa — é uma doença comum em pessoas de meia idade, que leva à perda da cartilagem que recobre as articulações e cuja função é proteger e amortecer o contato dos ossos.
Para conseguir promover a regeneração, os pesquisadores, em colaboração com o Hospital Clínico Universitário de Granada e o Banco Setorial de Tecidos de Málaga, ambos na Andaluzia, isolaram as células-tronco da gordura localizadas na articulação do joelho de pacientes submetidos à intervenção cirúrgica para a implantação de próteses de joelho. Uma amostra de cartilagem foi colhida do mesmo paciente, e isolaram-se os condrócitos (células de cartilagem).
Técnica — As células-tronco adultas têm a capacidade de se converter em células de cartilagem, osso e músculo e, com o uso dessa capacidade, os pesquisadores conseguiram a conversão das células-tronco em condrócitos. A técnica usada consistiu na abertura de pequenos buracos nas células-tronco e sua exposição ao extrato celular feito com os condrócitos dos joelhos afetados.
Porém, apenas criar as células que compõem o tecido não é suficiente para regenerá-lo. Para que isso ocorra, as células não podem estar distribuídas em ordem aleatória, mas dispostas em uma determinada forma. Para tanto, os cientistas utilizaram uma espécie de suporte 3D, que garante a manutenção e a formação de tecido cartilaginoso. Esses suportes, feitos de material biodegradável, são utilizados como implantes em lesões na cartilagem e no joelho. O fato de essas células crescerem em tais suportes faz com que o processo de implantação delas seja facilitado, o que será primeiro testado com animais, para depois desenvolver o tratamento de pacientes.
(Com Agência EFE)
Disponível em: <http://veja.abril.com.br>. Acesso em: 3 fev. 2013.

Texto 2

Disponível em: <http://veja.abril.com.br>. Acesso em: 3 fev. 2013.

Sobre o texto 1, responda a estas questões.
a) Trata-se de um exemplo de texto
(     )  informativo.
(     )  argumentativo.

(     ) narrativo





b) O texto 1 tem como leitor um
        
         (     ) médico.                         
         (     ) leigo.                                                               
         (     ) especialista.

c) Com que objetivo o texto 1 foi escrito?
Transmitir conhecimento ao leitor sobre descoberta científica.


d) Qual é a principal informação do texto 1?
O desenvolvimento por pesquisadores espanhóis de uma nova terapia para artrite degenerativa utilizando células-tronco retiradas do joelho do paciente.

e) Que informação do texto 1 confere legitimidade à pesquisa? Copie-a.
A pesquisa foi publicada na edição online de novembro do periódico Osteoarthritis and Cartilage, e será publicada na versão impressa de janeiro.

f) “Para que isso ocorra, as células não podem estar distribuídas em ordem aleatória, mas dispostas em uma determinada forma.”
A que informação do texto o trecho destacado se refere?
À regeneração do tecido.


g) Após ler o texto 1, a que conclusão a respeito da importância dessa descoberta se pode chegar?
Essa terapia pode ser um importante aliado no tratamento à osteoartrite.



h) A linguagem utilizada no texto 1 é
 


(     )culta                                    (     )coloquial  

i) Transcreva um trecho que justifique sua resposta ao item anterior.
As células-tronco adultas têm a capacidade de se converter em células de cartilagem, osso e músculo e, com o uso dessa capacidade, os pesquisadores conseguiram a conversão das células-tronco em condrócitos.

Sobre o texto 2, responda à seguinte questão.

j) A que conclusão chegaram os pesquisadores?
Os pesquisadores conseguiram regenerar o tecido cartilaginoso de pacientes com osteoartrite a partir de células-tronco retiradas do joelho e amostras de cartilagem desses pacientes.



k) Escreva um parágrafo de 7 a 10 linhas relacionando os textos 1 e 2. Indique semelhanças e diferenças quanto ao tema, ao estilo e à estrutura do texto.  
Resposta do aluno.



2. Observe os cartazes da campanha Become someone else (Torne-se outra pessoa), da loja de livros usados Vinetu Mint.


Disponível em: <http://www.criadesignblog.com>. Acesso em: 28 dez. 2012.

a) Na imagem há um rosto encoberto. O que o encobre?
As moças estão com os rostos encobertos pelos livros que estão lendo.


b) É possível saber sobre o que elas estão lendo? Justifique sua resposta.
Sim, é possível identificar o teor dos livros pelas respectivas capas. No primeiro cartaz, a narrativa envolve uma múmia e, no segundo, há menção à história de Frankenstein.

c) Que prática se pretende difundir com os cartazes?
Os cartazes incentivam a leitura.

d) Analise o cartaz e explique se a relação entre o texto Torne-se outra pessoa (Become someone else) e a imagem é adequada?
Sugestão de resposta — A imagem reforça a mensagem do texto. Nos cartazes, vemos o rosto das leitoras substituído pela imagem do rosto de personagens literários conhecidos. Isso demonstra que, durante a leitura, o leitor se esquece da própria identidade. É como se ele se tornasse o personagem.

3. Leia o texto atentamente.
Revista Veja, 2 maio 2012, p. 141.

a) Qual o objeto da resenha?
O livro Uma morte em família, de James Agee.


b) Qual o objetivo de uma resenha?
Apresentar a síntese de uma obra literária, musical, artística etc., acompanhada de uma avaliação crítica.

c) Qual é a editora?
Companhia da Letras.

d) Além da obra, do autor e da editora, que outras informações são apresentadas logo no início da resenha?
Nome do tradutor — por se tratar de obra em língua estrangeira —, número de páginas e preço.

e) A avaliação do resenhista é positiva ou negativa? Por quê? Transcreva um trecho que justifique sua resposta.
A avaliação é bastante positiva. O resenhista considera o texto uma “pérola literária”.


f) Lendo a resenha, sabemos que a organização dos capítulos foi, em parte, realizada pelos editores de forma especulativa. Isso prejudicou a avaliação da obra?
Não. Apesar disso a obra ganhou o prêmio Pulitzer e estabeleceu-se como um dos grandes romances americanos.

g) Quantas edições a obra já teve no Brasil? Qual a melhor e qual a pior? Copie o trecho do texto que justifique sua resposta.
Três edições. Segundo a resenha, a melhor é a terceira e a pior, a segunda. ... mais recentemente, saiu numa tradução duvidosa. Essa nova tradução finalmente faz jus ao estilo expressivo e lírico de Agee.


 1. Leia o texto a seguir para responder às questões.
Revista Terra. n. 11. 2001, p. 7.
a) O gênero do texto lido é uma
(      ) reportagem.                (      ) crônica.            (  ) carta ao leitor.

b) Quem é o autor do texto? Qual sua ocupação?
José Airton Martinez é editor-chefe da revista.

c) Com que propósito esse texto foi escrito?
O texto apresenta a edição, seu conteúdo e propósito ao leitor.


2. Leia o texto a seguir e responda às questões.

02/04/2013  03h30

Medo que dá medo

Muitas mães estão com medo de que os seus filhos sintam medo. Pedem para a escola não contar determinadas histórias e para trocar a indicação do livro que o filho deve ler. Elas também não deixam que as crianças assistam a filmes que, seja qual for o motivo, provoquem medo. Basta que o filme veicule uma ideia: nem precisa conter cenas aterrorizantes.
Essa reação dos pais leva a crer que o medo é necessariamente provocado por um motivo externo à criança e que é uma emoção negativa que os pequenos não devem experimentar. Vamos pensar a esse respeito.
Primeiramente, vamos lembrar que toda criança pequena sentirá medo de algo em algum momento de sua vida. Medo do escuro, medo de perder a mãe e medo de monstro são alguns exemplos. E esses medos não serão originados necessariamente por causa de uma história, de uma situação experimentada ou de um mito. Esses elementos servirão apenas de isca para que o medo surja.
Tomemos como exemplo o medo do escuro. De fato, é na imaginação da criança que reside o que nela lhe dá medo; o escuro apenas oferece campo para que essas imagens de sua imaginação ganhem formato, concretude.
É que, no escuro e em suas sombras, a criança pode “ver” monstros se movimentando e até “ouvir” os rugidos ameaçadores dessas figuras. No ambiente iluminado, tudo volta a ser a realidade conhecida porque a imaginação deixa de ter seu pano de fundo. Os rugidos dos monstros voltam a ser os sons naturais do ambiente. E as monstruosas imagens são diluídas pela claridade.
E por que é bom a criança experimentar o medo desde cedo? Porque essa é uma emoção que pode surgir em qualquer momento da sua vida e é melhor ela aprender a reconhecê-la logo na infância para, assim, começar a desenvolver mecanismos pessoais de reação.
A criança precisa reconhecer, por exemplo, o medo que protege, ou seja, aquele que a ajudará a se desviar de situações de risco. Paralelamente, precisa reconhecer o medo exagerado que a congela, aquele que impede o movimento da vida e que exige superação.
É experimentando os mais variados medos que a criança vai perceber e aprender que alguns medos precisam ser respeitados pelo aviso de perigo que dão, enquanto outros medos exigem uma estratégia de enfrentamento que se consegue com coragem.
A coragem, portanto, nasce do medo. E quem não quer que o seu filho desenvolva tal virtude?
Por fim, é bom lembrar que, muitas vezes, a criança procura sentir medo por gostar de viver uma situação que, apesar de difícil, ela pode superar. Cito como exemplo um mito urbano que provoca medo em muitas crianças na escola: “a loira do banheiro”. Para quem não a conhece, é a imagem de uma mulher que assusta as crianças quando elas vão ao banheiro.
Uma escola decidiu acabar com esse mito. Por meio de várias estratégias conseguiu convencer os alunos de que isso não existia. Alguns meses depois, as crianças construíram outro mito para que pudessem sentir o mesmo medo que experimentavam quando se viam perseguidos pela “loira do banheiro”.
E quantas crianças não choram de medo depois de ouvir uma história e, no dia seguinte, pedem aos pais que a contem novamente?
Conclusão: o que pode atrapalhar a criança não é o medo que ela sente, e sim o medo que os pais sentem de que ela sinta medo. Isso porque a criança pode entender que os pais a consideram desprovida de recursos para enfrentar os medos que a vida lhe apresenta.

Rosely Sayão, psicóloga e consultora em educação, fala sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialoga sobre o dia a dia dessa relação. Escreve às terças na versão impressa de “Equilíbrio”.

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/1255390-medo-que-da-medo.shtml>. Acesso em: 10 abr. 2012.


a) Quem é o autor do texto?
Rosely Sayão

b) Quais as marcas de texto jornalístico podem ser encontradas?
(    X   )  Letras garrafais do título
(          )  Presença de subtítulo
(    X   )  Presença de minicurrículo

c) Quais as atividades profissionais exercidas pela autora?
Psicóloga e consultora em educação.

d) A autora se baseia em experiências profissionais, acadêmicas ou pessoais para escrever o artigo? Explique.
O artigo é escrito com base na sua experiência como psicóloga, portanto experiência profissional.

e) Observe o veículo em que esse texto foi publicado. O tema do texto é adequado e interessante a seus leitores?
O texto é apropriado para a publicação. Foi publicado num site: <folha.uol.com.br>, que tem um público-alvo bastante diversificado do qual fazem parte, por exemplo, pais e educadores, uma vez que a autora fala sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola.

f) Que ideia comum a muitos pais a autora irá analisar?
Muitos acreditam que o medo é necessariamente provocado por um motivo externo à criança e que é uma emoção negativa que os pequenos não devem experimentar

g) Que conclusão defende a autora sobre essa questão?
O que pode atrapalhar a criança não é o medo que ela sente, e sim o medo que os pais sentem de que ela sinta medo. Isso porque a criança pode entender que os pais a consideram desprovida de recursos para enfrentar os medos que a vida lhe apresenta.

h) Para a autora, sentir medo é prejudicial às crianças? Transcreva um trecho em que ela defenda seu posicionamento quanto a isso.
Para a autora, sentir medo faz parte do desenvolvimento saudável das crianças. “E por que é bom a criança experimentar o medo desde cedo? Porque essa é uma emoção que pode surgir em qualquer momento da sua vida e é melhor ela aprender a reconhecê-la logo na infância para, assim, começar a desenvolver mecanismos pessoais de reação.”


i) Tendo em vista as ideias apresentadas pela autora, explique o título do texto. Que medo dá medo?
O medo do qual a autora demonstra recear é o medo dos pais de que seus filhos tenham medo, já que isso pode fazer com que eles tentem proteger a criança desse sentimento, o que pode ser prejudicial a ela.

3. Leia a entrevista a seguir para responder às questões.

Entrevista sobre o medo com a psicóloga Daniela Cracel
Repórter: Como surge o medo?

O medo, como todos já sabem, é um sentimento normal como qualquer outro. Porém, se esse medo é algo que mobiliza a vida da pessoa ele passará a ser considerado patológico. 
O medo pode surgir de perigos iminentes e reais, os quais são considerados sentimentos de proteção e saudável ao ser humano. Quanto ao medo patológico, ele pode acontecer a qualquer momento. Isso depende da forma que cada um experimenta a sua vida e as suas sensações internas. Por exemplo, se uma criança vivência uma cena onde existe uma pessoa que o cachorro machuca, ela poderá fazer uma associação negativa, e achar que todo cachorro machuca. Assim poderá desenvolver uma fobia específica. 

Repórter: Quais os tipos de reações que o medo pode provocar? 
Cada pessoa é única. Sendo assim, essas reações podem ser diferentes de pessoa para pessoa. Ela altera uma série de funções vegetativas do organismo (que ocorrem de modo independente da vontade). As pessoas passam a apresentar suores internos, tremores, tonturas, batedeiras, sudoreses, aumento no número de micções, dificuldade para dormir e uma terrível e persistente sensação de cansaço. 
A capacidade intelectual pode ser atingida. Realmente, a ansiedade diminui a capacidade de pensar com clareza, de julgar apropriadamente, de aprender com eficiência ou de recordar coisas. 

[...]

Repórter: Medos quando criança podem vir a interferir ao longo de sua vida adulta? 
As crianças possuem muitos medos, e geralmente eles são naturais, dependendo da idade delas. O importante é conversar com elas de forma a clarear esses medos para que elas possam produzir uma resposta adequada a eles. Porém, se isso não acontece a criança pode levá-los para a vida adulta. 

[...]

Repórter: Que atitude os pais devem tomar com relação ao medo de seus filhos quando passa a influenciar na escola? 
A atitude dos pais em relação a qualquer medo que a criança possa apresentar é sempre um diálogo aberto, sem críticas. É sempre estar aberto a entender o que acontece com essas crianças de forma a ajudá-las a ter mais segurança a respeito de seus medos, podendo ter uma resposta mais criativa em relação a esses medos. Porém, se eles não melhorarem, seria importante os pais procurarem um profissional da área para melhor atender à necessidade do filho.
Disponível em: <http://psicologianaatualidade.blogspot.com.br/2010/07/entrevista-sobre-o-medo-com-psicologa.html>. Acesso em: 6 abr. 2013.
a) Qual o campo de atuação do entrevistado?
Psicologia

b) Qual a temática da entrevista?
O medo

c) Confrontando as ideias de Rosely Sayão e de Daniela Cracel, percebemos pontos em comum, mas também posições distintas. Identifique o que é comum a ambos os textos.
As autoras compartilham de ideias comuns como o fato de o medo ser um sentimento natural, especialmente para crianças.

d) Em que pontos há divergências?
Enquanto Rosely Sayão passa tranquilidade aos pais quanto a lidar com os medos infantis, Daniela Cracel alerta quanto à necessidade de dialogar abertamente com as crianças e, se a situação não melhorar, buscar atendimento com um profissional capacitado.

e) Com qual das duas posições você se identifica mais? Escreva um parágrafo posicionando-se a respeito do assunto. Justifique seu ponto de vista apresentando argumentos coerentes.
Resposta do aluno.









5. Leia a tira a seguir.

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#18/2/2013>.
Acesso em: 4 abr. 2013.

a) Por que o texto verbal se repete no 1º e no 2º quadrinhos?
O rato está ensaiando para se declarar à ratinha.


b) O que ocorre no 3º quadrinho? A fala corresponde ao que  o personagem planejou?
A fala é bastante diferente do que ele planejou.


c) Por que isso teria acontecido?
Em razão de seu nervosismo.


d) Na fala do 3º quadrinho observa-se um problema de concordância em relação à norma padrão da língua portuguesa. Reescreva o texto, adequando-o à norma culta. Gatinha, as coisas ficam brilhantes.



6. Avalie as proposições e assinale V para verdadeiro F para falso.

(   V   )  Todo texto dramático é teatral.
(   F   )  Texto dramático é aquele em que a história é triste.
(   V   )  O texto teatral apresenta estrutura dialógica e realiza-se na encenação.
(   F   )  Os textos  teatrais são divididos em capítulos e parágrafos.
(   V   )  As rubricas trazem informações que auxiliem a encenação: identificam personagens e  suas ações, como se movimentam e onde estão, por exemplo.